quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Alienista


Nada aquém de brilhante, nada além de perfeito. Tal é a definição das obras de Machado de Assis, em minha opinião. A riqueza de vocabulário, aliada ao mais perfeito equilíbrio com a clareza das narrativas levam-me à conclusão – ainda que desconheça todos os autores clássicos brasileiros – de que este certamente abre vantagem sobre qualquer outro, em se tratando de qualidade literária.

O Alienista, conto magnífico, elaborado sobre questionamentos acerca de sanidade mental, apresenta características analíticas que vão desde hábitos diários a questões morais: pessoas de conduta exemplar são realmente “normais”? Manias aparentes e às vezes desconcertantes atos poderiam atestar insanidade?

A obra encerra em si o poder de nos levar a refletir sobre vaidades, Ciência, crenças e obviamente, a linha tênue que separa insanidade de loucura. Uma delícia que se saboreia em poucas horas, cuja digestão certamente leva muito mais tempo, graças à irrecusável entrega a que Machado de Assis nos submete.

Petisco: Maluco Beleza, de Raul Seixas.

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