sábado, 7 de fevereiro de 2009

É Papel ou é Plástico?


Como diria D. Florinda em um dos clássicos episódios de Chaves: As duas coisas. A descoberta recém-divulgada de cientistas da UFSCAR consiste simplesmente em um papel feito de diversas variações de plástico.

Batizado de papel sintético, o produto possui diversas vantagens com relação ao papel feito de celulose, dentre elas:

- economia de água e energia no processo de fabricação;
- 850kg de matéria-prima caracteriza 1ton. do produto final;
- cada tonelada poupa a derrubada de cerca de 30 árvores;
- o papel sintético é à prova d'água;
- apresenta maior durabilidade.

Por notícias como essa é que eu defendo a idéia de que mais interessante (e realmente prestigioso) do que sentar-se à mesa para discutir problemas, seja a tomada de atitude, o fato de "colocar a mão na massa", ao invés de fazer com que discussões sérias terminem em pizza.


Recomendação: Let's Work Together - Canned Heat. A banda se desfez no início dos anos 70 pelas consequências inevitáveis do uso de drogas. A música sugerida é ótima para entrar no clima de exercer o tão comentado desenvolvimento sustentável.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

DIAGNÓSTICO-CURA: A Teoria do Húmus - texto original de 01/12/2005


Todos nós queremos ser alguma coisa na vida, fazer algo grandioso, ser notado por alguém, se destacar na família ou nos negócios, enfim, todos nós queremos nos realizar, mas infelizmente há fatores que nos impedem de alcançar nossos objetivos tão facilmente. Entretanto devemos reconhecer que esses fatores são necessários em doses mínimas, para que se possa dar valor às oportunidades que a vida nos oferece e assim damos mais valor aos nossos sonhos e realizações.

O problema é quando esses fatores aparecem em doses cavalares, quando você menos precisa deles, e o pior é que geralmente eles vêm todos juntos, em sequência, como que combinado e dominam nossas vidas de tal forma que só o que se consegue fazer é chorar e sentir-se mal. Mas então o que fazer diante de tais situações? A Teoria do Húmus pode te ajudar.

Biologicamente falando, húmus é um composto de matéria orgânica em decomposição que serve para enriquecer o solo, nutrindo-o. Isso é muito bom, pois assim teremos um solo muito favorável para o cultivo de nossas mais variadas plantinhas. Mas a parte ruim acontece agora: ninguém nunca pensou no quanto deve ser ruim ser essa matéria orgânica que apodrece e abre mão de sua própria beleza (e vida!) para servir de base às necessidades alheias.

Mais uma vez, biologicamente falando isso também é muito bonito, afinal de contas, a natureza se renova e está sempre em ritmo de cooperação entre seus componentes, tudo está interligado. Mas o surpreendente é que esse raciocínio pode ser utilizado nas relações sociais, com algumas características próprias.

Em algum momento de nossas vidas nós nos deparamos com pessoas que gostam de deixar as outras por baixo, fazer pouco delas para se sobressair. Pessoas assim humilham as outras, ao mesmo tempo que necessitam delas para sua própria sobrevivência. E como ficam essas pessoas que sofrem com essas atitudes? Elas se tornam húmus!

Aderir à Teoria do Húmus é muito bom: essa teoria é um objeto de estudo complexo que traduz a relação dominante/dominado na sociedade de forma geral, em qualquer âmbito. Mas é muito difícil aderir a tal Prática do Húmus: ser húmus é ser diminuído, pisado, rejeitado, desconsiderado, oprimido; e ainda assim nutrir aqueles que os exploram com alegria e satisfações pessoais, inflando o ego dos supostos dominantes.

Repare que eu disse supostos, pois essa situação pode se reverter. Como? Não é nada simples, o modo de se livrar desses "agricultores" e ao mesmo tempo de ocasionais "parasitas" é demorado e deve ser feito de maneira cautelosa. Deve-se ter muito cuidado para sentir quais são as necessidades nutricionais de seu próprio solo para que o terreno seja preparado de forma sólida, de tal forma que as construções ali realizadas não venham a desmoronar mais tarde.

Talvez alguém que se torne húmus nunca deixará de sê-lo, pois assim como o hanseniano que uma vez sem falanges não voltará a ter os dedos completos, as marcas do processo de formação do húmus são chagas que os indivíduos afetados carregarão para o resto de suas vidas. Entretanto é possível, bem como na hanseníase, estacionar o processo e evitar que ele volte a avançar, por tempo indeterminado.

Uma pessoa deixa de ser húmus quando acorda para o dia e busca vivê-lo apesar de todas as dificuldades, quando diz BASTA àqueles que os adubam na vida redundante e sugam seus nutrientes até o fim. Deixar de ser húmus consiste em lutar contra a podridão alheia, mas principalmente, lutar contra a ppria podridão que faz com que acreditemos que nos pertence. Se de fato estivermos infectados com partículas degeneradoras é óbvio que o processo será mais demorado ou talvez mais penoso, mas da mesma forma que é difícil, poderá nos oferecer, no final do processo, recompensas não menos grandiosas.

Mas cuidado: não pense que deixar de ser húmus nos dá o direito de nos tornar parasitas.


Música de hoje: We're Not Gonna Take It - Twisted Sister. Vale para entrar no clima de libertação.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Estrangeirismos - Guerras em Torno da Língua

O livro Estrangeirismos - Guerras em Torno da Língua, é uma coletânea de críticas ao pojeto de lei de Aldo Rebelo, que visa, segundo o autor, "promover, proteger e defender a língua portuguesa".

Não há como discordar dos autores, pois o projeto nada mais é do que uma clara manifestação de nacionalismo exacerbado e principalmente equivocado, tendo em vista que o Brasil possui patrimônios físicos - estes sim - necessitados de cuidados urgentes, diante do real risco de desaparecimento.


Além disso, a questão da educação (uma das atribuições do Governo) deve ser tratada de maneira ampla e não limitativa. Eu, como os demais brasileiros, preciso de incentivo à familiarização da língua portuguesa, e não de dar a mão à palmatória para o Governo em forma de multas e punições por desejar fazer, por exemplo, um break nas publicações da web para almoçar no fast-food do shopping mais próximo e de quebra visitar lojas que anunciem 30% off.

O exagero no uso de anglicismos é tão prejudicial quanto o pleonasmo ou o gerundismo. E abusaremos de todos eles até que nos seja despertado o interesse de observar e corrigir nossas atitudes, sejam elas escritas, faladas, etc.

Sugestão de hoje para quem gosta de estar em dia com o idioma: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u321373.shtml

O site acima descreve as mudanças na ortografia da língua portuguesa após a sua terceira grande reforma. As mudanças começaram a ser oficialmente implantadas dia 01/01/2009 e a população tem o prazo de quatro anos para se adaptar a elas. Não vamos perder tempo, certo?!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Postagem de Inauguração

Bom dia, Sol!

Uso as palavras de Raul Seixas para demonstrar a minha alegria em voltar à luz de "logar-me,", conectar-me ou melhor dizendo, "blogar-me". Aposentei blogs antigos (acredito que tenham sido desativados pelo enorme tempo sem uso, ou algo assim), na verdade esqueci completamente como voltaria a acessá-los novamente, uma vez que senhas, nomes de usuário e tudo o mais que envolve o simples ato de participar de um blog fizeram questão de fugir completamente da minha mente.

Não estenderei demais o assunto, então, sintam-se à vontade para acessar, ler, sugerir, opinar, enfim... vou ficando por aqui, acompanhada do maluco beleza.

Recomendo: Raulzito e Os Panteras. O primeiro álbum de Raul, de 1967, traz performances espantosamente diferentes das que a maioria de nós costuma escutar nas rádios que tocam as músicas do artista. Surpresas desde a capa do álbum, que mostra um Raul, digamos... comportado. Minha preferida: Um Minuto Mais.