Hoje vou falar de toxicidade. Não aquela presente em
substâncias químicas como cocaína ou açúcar refinado, nem das zilhões de partículas do ar carregado
das megalópoles. Hoje vou falar sobre a toxicidade mental humana.
A mente é plástica, moldável, direcionável,
transmutável. Nossa vibração determina os níveis de clareza mental e o campo
energético ao nosso redor. Quem é que consegue ficar perto de alguém que vive
falando em problema, que reclama, revive com intensidade os momentos tristes,
mas na hora de desfrutar alegrias, diante da oportunidade de transmutar a mente
para afirmações positivas, cai na ironia e no deboche?
E se é tão difícil assim conviver com uma pessoa que
se apresente nessa situação, por que cargas d’água não nos policiamos para
evitar de acabar fazendo igual? Atrocidades, desumanidade, porcarias sempre
existiram, mas ao mesmo tempo também sempre existiram boas pessoas, boas atitudes,
serenidade. É mais digno consigo mesmo tentar viver bem ou se conformar em
arrastar uma existência esperando pelo colapso da matéria?
Chega a ser mesquinha essa toxicidade. Todos nós temos
problemas. A pergunta é: vamos ser solidários uns com os outros ou vamos
competir a gravidade das desgraças que acessamos perpetuando as mesmas
indefinidamente?
Petisco: Esperando por Mim, Legião Urbana. Com
destaque para o trecho “Digam o que disserem / O mal do século é a solidão / Cada
um de nós imerso em sua própria arrogância / Esperando por um pouco de afeição”