segunda-feira, 17 de março de 2014

Jacinta



O que leva uma pessoa a enfrentar as mais terríveis adversidades e seguir adiante? Será um ideal, uma teimosia, uma tolice? Ou será um apelo desesperado da consciência, clamando para ser levada em consideração na hora de se encarar a vida? Seja como for, esta foi a opção de Jacinta, magistralmente interpretada por Andrea Beltrão, que esteve em cartaz no SESC Vila Mariana.
 
Eu, como atual estudante de teatro, pude perceber a diferença de assistir a uma peça vendo o ator como alguém distante, dono de um sonho que também é meu, e como colega de trabalho, alguém que compartilha dos mesmos desafios e deleites do ofício de ser.
 
Sim, o parágrafo acima termina com a palavra “ser”, pois quando se busca preencher a essência, escutando e seguindo a consciência, simplesmente se é e nenhum adjetivo pseudo-complementar poderia concluir de fato tal afirmação.
 
Persistir, ir adiante, enfrentar os traumas, os fantasmas e as tormentas do dia a dia é um trabalho para cada um de nós: diretores de nossas próprias peças, condutores de nossas próprias vidas.

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